Terapia combinada com radioterapia abrangente melhora a sobrevida no câncer de próstata

Por Docmedia

23 agosto 2023

O adenocarcinoma prostático (ACP) é a neoplasia não cutânea mais comum em homens nos EUA, acometendo um a cada seis ou sete homens. O principal pilar de tratamento da doença é a prostatectomia. Entretanto, tempos após a cirurgia, parte desses pacientes pode apresentar aumentos dos níveis séricos de antígeno prostático específico (PSA), o que indica terapia complementar. Terapia de privação androgênica e diferentes modalidades de radioterapia são opções que podem ser utilizadas juntas ou em separado. Atualmente, a terapia padrão para esses casos é a irradiação do leito cirúrgico onde se localizava a próstata.

A novidade é que um estudo de mudança de prática realizado por pesquisadores do Cedars-Sinais Medical Center encontrou que um tratamento combinado incluindo radioterapia abrangente foi o que proporcionou melhores resultados em termos de sobrevida. A publicação na The Lancet conta que o estudo recrutou 1.716 portadores de ACP entre 31 de março de 2008 e 30 de março de 2015.

Os pacientes elegíveis foram aqueles que, após a cirurgia para ACP, apresentaram PSA persistentemente detectável ou inicialmente indetectável e crescente entre 0,1 e 2,0 ng/mL. Pacientes com e sem linfadenectomia (N0/Nx) eram elegíveis se não houvesse evidência clínica ou patológica de envolvimento linfonodal.

Outros critérios de elegibilidade incluíram doença pT2 ou pT3, pontuação de Gleason de prostatectomia de 9 ou menos e um status de desempenho Zubrod de 0-1. Uma vez inscrito no estudo, o participante foi designado para um de três grupos de tratamento, podendo receber apenas radioterapia padrão de resgate no leito cirúrgico da próstata, radioterapia padrão de resgate acompanhada de terapia de privação androgênica, ou terapia de privação androgênica e radioterapia abrangendo o leito cirúrgico da próstata e os linfonodos pélvicos.

O principal desfecho acompanhado foi a sobrevida em 5 anos, o que revelou superioridade do tratamento com privação androgênica e radioterapia abrangente. A sobrevida média em 5 anos foi de 87% neste grupo em comparação com 81% do grupo que combinou privação de androgênios com a irradiação do leito prostático e apenas 71% daqueles que receberam apenas a irradiação.

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Fonte: https://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736(21)01790-6/fulltext

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