Nova terapia com anticorpos se mostra promissora na doença de Alzheimer

Por Docmedia

24 outubro 2022

A doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência no mundo. Infelizmente, a natureza complexa do distúrbio não permitiu até agora o desenvolvimento de uma terapia eficaz. Nesse contexto, foi descoberto que as células microgliais possuem um papel importante, devido à sua função de remoção de detritos, incluindo a proteína beta-amiloide.

Agora, pesquisadores do Health Science Center da Universidade do Texas descobriram que um anticorpo visando a microglia possui ação terapêutica na doença de Alzheimer. O artigo do grupo na Science Translational Medicine conta que o foco do trabalho é o TREM2, um receptor de passagem única expresso pela microglia.

Evidências recentes sugerindo que maior atividade de TREM2 promove efeito terapêutico na doença de Alzheimer levaram os pesquisadores a desenvolverem um anticorpo visando a molécula. Aplicado em cultura de células com doença de Alzheimer o novo anticorpo agonístico TREM2 promoveu fortemente a ativação de TREM2 e isso resultou em aumento da fagocitose de oligômeros amiloide pelas células gliais e maior sobrevivência da microglia.

Com esses bons efeitos iniciais, a equipe decidiu aplicar o anticorpo em um modelo murino de doença de Alzheimer. Neste caso, além dos efeitos celulares que resultaram em maior depuração da patologia beta-amiloide, foi verificada melhora na cognição dos animais, entre outros efeitos.

Segundo os autores, os dados coletados no estudo sugerem que terapias direcionadas ao aumento da atividade de TREM2 mediadas por anticorpos agonísticos podem mostras significativo efeito terapêutico no sentido de redução da patologia beta-amiloide vista no Alzheimer.

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Fonte: https://www.science.org/doi/10.1126/scitranslmed.abq0095

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