A descoberta de um novo alvo potencial de drogas para a doença de Alzheimer foi feita por pesquisadores, revelando uma interação entre a Apolipoproteína E (ApoE) e o Heparan Sulfato (HS) da superfície celular. Esse raro grupo 3-O-Sulfo ligado à doença de Alzheimer é compartilhado com a proteína tau, indicando um possível mecanismo para as interações ApoE/tau associadas a certas isoformas da ApoE e o Alzheimer.
Os pesquisadores do Rensselaer Polytechnic Institute conduziram um estudo abrangente sobre as interações entre a ApoE e o sulfato de heparano (HS). A publicação na revista Angewandte Chemie conta que o estudo analisou diferentes variantes da ApoE, incluindo a ApoE4, que é um fator genético de alto risco para o desenvolvimento da doença de Alzheimer de início tardio.
Foram investigadas as isoformas protetoras ApoE3, ApoE2 e ApoE Christchurch. Os pesquisadores descobriram que a modificação 3-O-sulfo (3-OS) do HS desempenha um papel importante nas interações entre a ApoE e o HS. Todas as isoformas da ApoE reconheceram o 3-OS, mas a força das interações variou e se correlacionou com o risco de doença de Alzheimer.
Os resultados revelaram que a ApoE possui um padrão de ligação semelhante à proteína tau, que está relacionada a várias doenças neurodegenerativas, incluindo a doença de Alzheimer. Essas descobertas abrem um novo caminho para o desenvolvimento de drogas que visem as enzimas responsáveis pela sulfatação, chamadas heparan sulfato 3-O transferases, como um potencial alvo terapêutico para retardar o progresso da doença.
Os pesquisadores planejam aprofundar a compreensão da interação entre a ApoE e o HS, desenvolvendo um modelo estrutural 3D dessa interação e investigando-a em culturas de células e modelos animais. O objetivo final é encontrar novos tratamentos que possam prevenir ou mitigar os sintomas da doença de Alzheimer, permitindo que as pessoas vivam de forma independente.
Este tipo de pesquisa é particularmente relevante à medida que a população envelhece, oferecendo esperança não apenas para os milhões de pacientes afetados em todo o mundo, mas também para suas famílias e cuidadores.
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Fonte: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/anie.202212636
