Estudo sugere benefício da enzalutamida na terapia do câncer de próstata localizado

Por Docmedia

7 julho 2023

Estudos mostram que parte considerável dos homens acima dos 60 anos vai apresentar um tumor maligno na próstata. Felizmente, boa parte desses tumores é do tipo localizado, restrito à próstata, e com risco baixo ou intermediário de progressão. Nestes casos, a diretriz atual recomenda a observação ativa da doença, um acordo técnico entre médico e paciente que deve incluir a realização periódica de dosagens do antígeno prostático específico (PSA) e biópsia.

A novidade é que pesquisadores do Carolina Urologic Research Center e colegas afirmam que a enzalutamida pode ter um papel no tratamento desse tipo de tumor. A publicação em JAMA Oncology conta que a equipe randomizou 227 portadores de câncer de próstata localizado de baixo risco ou risco intermediário para realizarem apenas a observação ativa da doença (OAD) ou OAD em associação com enzalutamida 160 mg/dia.

A enzalutamida é um fármaco antiandrogênico não esteroidal recomendado para o tratamento do câncer de próstata metastático avançado sensível à castração. Os pacientes da coorte deste estudo de Fase 2 tinham 18 anos ou mais, haviam recebido diagnóstico de câncer de próstata localizado de baixo risco ou risco intermediário histologicamente comprovado dentro de 6 meses do rastreamento e estavam sendo submetidos a OAD. Os pacientes foram monitorados durante 1 ano de tratamento e até 2 anos de acompanhamento.

A análise dos dados foi realizada em fevereiro de 2021. O desfecho primário pesquisado foi o tempo para progressão patológica ou terapêutica do tumor (maior ou igual a 1 aumento de Gleason primário ou secundário ou maior ou igual a 15% de aumento de núcleos positivos para câncer; terapêutico, ocorrência mais precoce de terapia primária para câncer de próstata). Os desfechos secundários incluíram a incidência de um resultado de biópsia negativa, a porcentagem de núcleos positivos para câncer e a incidência de um aumento nos níveis séricos de PSA em 1 e 2 anos, bem como o tempo de progressão do PSA.

Os eventos adversos foram monitorados para avaliar a segurança. Tal esforço mostrou que a OAD em associação com a enzalutamida, além de bem tolerada, reduziu significativamente o risco de progressão patológica ou terapêutica do câncer de próstata em 46%, configurando-se como uma opção para esse tipo de paciente.

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Fonte: https://jamanetwork.com/journals/jamaoncology/fullarticle/2793567

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