Estudo mostra que substância química encontrada em adoçante comum danifica o DNA

Por Docmedia

31 agosto 2023

Um estudo realizado pela North Carolina State University e University of North Carolina em Chapel Hill revelou que uma substância química presente em um adoçante amplamente utilizado é “genotóxica”, ou seja, causa danos ao DNA. Essa substância também é encontrada em pequenas quantidades no próprio adoçante, o que levanta preocupações sobre seu impacto na saúde.

A publicação no Journal of Toxicology and Environmental Health conta que o foco do trabalho foi a sucralose. Pesquisas anteriores realizadas pela mesma equipe já haviam identificado a formação de compostos solúveis em gordura no intestino após o consumo de sucralose, e um desses compostos é o sucralose-6-acetato.

Agora, o novo estudo confirma que o sucralose-6-acetato é genotóxico e demonstrou que vestígios de sucralose-6-acetato podem ser encontrados na sucralose comercial, mesmo antes de ser consumida e metabolizada. Outro ponto importante é que a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos estabeleceu um limite de preocupação toxicológica para todas as substâncias genotóxicas, que é de 0,15 microgramas por pessoa por dia.

Os resultados deste estudo indicam que as quantidades vestigiais de sucralose-6-acetato em uma única bebida adoçada com sucralose excedem esse limite, sem considerar a quantidade adicional produzida como metabólitos após o consumo de sucralose. Para o estudo, os pesquisadores realizaram uma série de experimentos in vitro, expondo células sanguíneas humanas ao sucralose-6-acetato e monitorando marcadores de genotoxicidade.

Os resultados mostraram que o composto é genotóxico e causa danos no DNA das células expostas. Além disso, foi testada a exposição do tecido intestinal humano ao sucralose-6-acetato in vitro. Esse experimento demonstrou que tanto a sucralose quanto o sucralose-6-acetato causaram um aumento na permeabilidade intestinal, comprometendo as junções entre as células da parede intestinal e permitindo a absorção de substâncias indesejadas na corrente sanguínea. Em paralelo, foi observada uma maior atividade genética relacionada ao estresse oxidativo, inflamação e carcinogenicidade nas células intestinais expostas ao sucralose-6-acetato.

Segundo os autores, seus resultados levantam preocupações sobre os efeitos potenciais para a saúde associados à sucralose e seus metabólitos. Como consequência, há a necessidade de revisar a segurança e o status regulatório da sucralose, uma vez que há evidências crescentes de riscos significativos. Por fim, fica a recomendação de que as pessoas evitem produtos que contenham sucralose.

Quer saber mais?

Fonte: https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/10937404.2023.2213903

Total
0
Shares

Deixe uma resposta

Postagens relacionadas
%d blogueiros gostam disto: