Ressonância 4D pode aprimorar a abordagem da insuficiência cardíaca

Por Docmedia

28 julho 2023

A insuficiência cardíaca é uma condição em que alterações na parede muscular do coração impedem o relaxamento durante a fase diastólica, promovendo aumento das pressões de fluxo dentro do coração. A velocidade de pico do fluxo sanguíneo é uma avaliação muito importante para os portadores da doença e é atualmente realizada por meio da ultrassonografia doppler, mais especificamente ecocardiografia. Entretanto, a avaliação ecográfica é extremamente dependente do avaliador e isso pode reduzir sua confiabilidade.

A novidade é que pesquisadores da Universidade de East Anglia anunciaram o desenvolvimento de uma tecnologia radiológica de ponta para acompanhar pacientes com insuficiência cardíaca. O artigo do grupo International Journal of Cardiology conta que a nova tecnologia utiliza imagens de ressonância magnética, a chamada ressonância magnética 4D.

Os autores contam que o aparelho de ressonância precisa de seis a oito minutos para fornecer imagens precisas das válvulas cardíacas e do fluxo sanguíneo dentro do coração em três dimensões. Além disso, a avaliação do fluxo pode ser realizada no decorrer do tempo, configurando a quarta dimensão.

No estudo atual, a ressonância de fluxo 4D foi comparada com o exame padrão de ecocardiografia por ultrassonografia doppler para medir a velocidade de pico de fluxo mitral em 50 pacientes portadores de insuficiência cardíaca do Norfolk and Norwich University Hospital. Como resultado, foi encontrado que a técnica dinâmica automatizada com ressonância magnética nuclear foi equiparável à ecocardiografia por ultrassonografia doppler para avaliação do pico de fluxo mitral e ainda teve a vantagem de mostrar alta reprodutibilidade para todos os parâmetros.

Segundo os autores, a maior precisão e reprodutibilidade mostrada pela técnica de ressonância de fluxo 4D tem o potencial de revolucionar a forma como a insuficiência cardíaca é diagnosticada e acompanhada. Ressaltam, ainda, que, se hoje os dois métodos se mostraram equivalentes, a ressonância magnética de fluxo 4D tem potencial de se tornar mais eficiente com a sequência do aprimoramento.

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Fonte: https://www.internationaljournalofcardiology.com/article/S0167-5273(22)00932-9/fulltext#%20

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