Fator sanguíneo na base do efeito neuroprotetor em diferentes abordagens antienvelhecimento

Por Docmedia

21 setembro 2023

Diferentes abordagens já tiveram algum efeito neuroprotetor, e até mesmo rejuvenescedor, mostrado por estudos. É o caso do exercício físico, da proteína klotho e da terapia de hemotransfusão com sangue jovem.

A novidade é que pesquisadores da Universidade da Califórnia de San Francisco e da Universidade de Queensland, na Austrália, descobriram que um mesmo fator sanguíneo pode explicar os efeitos benéficos das três diferentes abordagens. O assunto trata de três diferentes artigos publicados nas revistas Nature, Nature Aging e Nature Communications.

O primeiro estudo, da Nature, buscava identificar como a hemotransfusão com sangue jovem transfere aos animais idosos benefícios como redução da neuroinflamação cerebral e resgate da cognição. Já o artigo da Nature Aging teve como autores pesquisadores que buscavam explicar como a terapia com a proteína klotho, uma molécula encontrada nas membranas celulares e no sangue que participa da liberação da vitamina D. Por fim, o estudo da Nature Communications tentava entender o efeito neuroprotetor do exercício físico.

Neste último caso, diversos estudos comprovam que a prática de atividade física, incluindo esportes e dança, melhoram a cognição e lentificam a progressão de doenças neurodegenerativas como a doença de Alzheimer. O fato mais curioso de todo esse esforço de pesquisa é que as três equipes descobriram de forma absolutamente independente que as três abordagens devem seus benefícios à saúde cerebral ao mesmo componente sanguíneo, o fator plaquetário 4 (PF4).

No estudo sobre hemotransfusão de sangue jovem, foi descoberto que a transfusão de plasma tinha o mesmo efeito rejuvenescedor cerebral que o procedimento feito com sangue total. Quando houve a comparação entre plasma envelhecido e plasma jovem, a principal diferença foi maior concentração de PF4 no plasma jovem. Finalmente, injetar apenas PF4 nos animais mais velhos produziu o mesmo efeito da transfusão de plasma jovem.

Em relação à proteína klotho, já se previa um efeito neuroprotetor indireto, uma vez que ela não penetra a barreira hematoencefálica. E o novo estudo descobriu nova conexão com PF4, já que a injeção de klotho aumenta a liberação plaquetária PF4. Por fim, o último estudo demonstrou que as plaquetas liberam maiores quantidades de PF4 na circulação após o exercício.

Em conjunto, as descobertas começam a esclarecer os mecanismos por trás deste efeito benéfico sobre a saúde cerebral.

Quer saber mais?

Fonte: https://www.nature.com/articles/s41586-023-06436-3

Fonte: https://www.nature.com/articles/s43587-023-00468-0

Fonte: https://www.nature.com/articles/s41467-023-39873-9

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