A dieta mediterrânea é um padrão alimentar originariamente adotado por populações residentes às margens do mar de mesmo nome consistente na restrição de carne vermelha, pouco consumo de laticínios e estímulo ao consumo de frutas, vegetais, legumes, grãos integrais e azeite de oliva. Estudos anteriores associam a dieta mediterrânea a diversos benefícios à saúde, mas seus efeitos sobre a fragilidade em indivíduos que anteriormente não a praticavam permanecem incertos.
Agora, um estudo de pesquisadores do Beth Israel Deaconess Medical Center e Harvard Medical School confirma benefícios desse padrão alimentar também contra a fragilidade. A publicação no American Journal of Clinical Nutrition lembra que a fragilidade é um estado de vulnerabilidade resultante do declínio de diferentes sistemas biológicos com o envelhecimento e acomete entre 10 a 15% dos idosos, levando a outras condições patológicas.
O estudo atual acompanhou de forma prospectiva 2.384 adultos não frágeis com idade média de 60 anos (± 9 anos) do Framingham Offspring Study que declaravam adotar um padrão alimentar similar à dieta mediterrânea. Além disso, foram coletados dados sobre a ingestão de antioxidantes (vitamina C, E e carotenoides totais) estimados a partir de um questionário alimentar no exame do índice (1998-2001) e um exame prévio de dosagem sérica quando disponível.
A avaliação de fragilidade foi feita no exame índice e pelo menos um acompanhamento, sendo o início da fragilidade definido como maior ou igual a 3 de 5 critérios do fenótipo de fragilidade de Fried no seguimento e o agravamento foi definido como um número aumentado de critérios de fragilidade ao longo do seguimento.
Esse esforço mostrou que cada unidade de pontuação de alta na escala da dieta mediterrânea reduziu o risco de fragilidade em 3%. Além disso, o consumo de carotenoides também se mostrou benéfico, com cada aumento de 10 mg reduzindo o risco de fragilidade em 16%. Ambas as associações foram mais fortes abaixo dos 60 anos. Já as vitaminas C e E não foram associadas à prevenção de fragilidade.
Segundo os autores, seus dados sugerem que a adoção da dieta mediterrânea está associada à redução do risco de fragilidade, particularmente em indivíduos abaixo dos 60 anos.
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