Deficiência de vitamina D aumenta o risco de perda de força muscular

Por Docmedia

6 fevereiro 2023

Um dos processos associados ao envelhecimento é a progressiva perda de força muscular relacionada à idade. A também chamada dinapenia assume grande interesse em termos de saúde por ser uma comorbidade que aumenta o risco de fragilidade, resultando em quedas, incapacidade física e internação e morte precoces.

Agora, uma parceria de pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos e da University College London comprovou um importante papel da vitamina D no processo, além de uma preciosa oportunidade de intervenção.

Publicado na revista Cacified Tissue International, o estudo recrutou 3.205 indivíduos não dinapênicos com 50 anos ou mais do English Longitudinal Study of Aging (ELSA), um estudo multicoorte de longo prazo com acompanhamento de 15 anos a partir de 2002. A vitamina E ajuda a manter o funcionamento cerebral e do sistema imune, além de participar do metabolismo do cálcio no organismo. Por esse motivo, a equipe esperava encontrar alguma influência sobre a fisiologia muscular.

No estudo, a estimativa da força muscular foi obtida pela aferição da força de preensão da mão, com valores encontrados na coorte de 26 kg ou mais para homens e 16 kg ou mais para mulheres. Além disso, os níveis de vitamina D foram medidos, dividindo os participantes em faixas. A deficiência de vitamina D foi definida para valores abaixo de 30 nmol/L, insuficiência para valores entre 30 e 50 nmol/L e vitamina D normal para valores superiores a 50 nmol/L.

O acompanhamento serviu para acompanhar a evolução da força muscular no tempo e encontrou que, após 4 anos, participantes com deficiência de vitamina D tinham risco 70% maior de desenvolver dinapenia em comparação com o grupo com vitamina D normal. Além disso, a exclusão dos portadores de osteoporose e dos que faziam suplementação de vitamina D encontrou que, em comparação ao grupo com vitamina D normal, o grupo com insuficiência teve risco 77% maior de dinapenia, valor que se elevou para 78% no grupo com deficiência.

Segundo os autores, tais resultados ressaltam a importância de cultivar níveis normais de vitamina D, seja por alimentação ou suplementação. Além disso, deve-se buscar exposição solar regular e a prática de exercícios físicos de resistência visando preservar a força muscular e, consequentemente, a qualidade de vida.

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Fonte: https://link.springer.com/article/10.1007/s00223-022-01021-8

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