Os resultados de um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Boston e da Universidade de Ciências Médicas de Teerã sugerem que melhorar os níveis plasmáticos de vitamina D na população geral, e em particular em pacientes hospitalizados com a doença, pode ajudar a reduzir a gravidade do quadro clínico e diminuir mortes associadas.
No estudo publicado recentemente em PLOS ONE, foram avaliados 235 pacientes hospitalizados com covid-19. O status de vitamina D foi verificado por meio de dosagem sérica de 25-hidroxivitamina D (25(OH) D). Os pacientes foram acompanhados quanto ao desfecho clínico, incluindo gravidade do quadro, perda de consciência, dificuldade respiratória associada à hipóxia e morte. Por fim, foram realizadas a dosagem do marcador inflamatório proteína C reativa e a contagem de linfócitos circulantes.
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Todos esses dados foram comparados entre os pacientes, que foram divididos em dois grupos; vitamina D suficiente (25 (OH) D igual ou maior que 30ng/mL) e hiposuficiência (25 (OH) D < 30ng/mL. Os resultados mostraram que pacientes acima de 40 anos com vitamina D suficiente tiveram 51,3% menos chance de morrer em comparação com os hipossuficientes (9,7% vs 20%). Além disso, níveis suficientes de vitamina D foram associados a menores níveis de proteína C reativa e maior contagem de linfócitos circulantes.
Segundo os autores após o ajuste dos dados para fatores de confusão, os resultados sugerem uma associação independente entre a suficiência de vitamina D no sangue e a redução do risco de resultados clínicos adversos de covid-19. Os autores sugerem que parte do efeito pode ser consequência de efeito imunomodulador da vitamina D, como sugerido pela redução da proteína C reativa e o aumento dos linfócitos circulantes.
Com base nesses resultados, os pesquisadores admitem que são necessários mais estudos para saber qual seria a dosagem sérica ideal de vitamina D para maximizar o efeito no sistema imune, mas afirmam haver suporte para recomendar que seja seguida a diretriz da Endocrine Society para que sejam atingidos níveis de 30ng/mL.
Fonte : PLOS ONE https://www.journals.plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0239799
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