Novo sensor promete acelerar e reduzir o custo da triagem de antineoplásicos

Por Docmedia

21 outubro 2022

Uma área de pesquisa de extrema importância é a busca por novos medicamentos contra o câncer. Na prática, é um trabalho lento e dispendioso, com as drogas sendo administradas em camundongos portadores de diferentes cânceres e o resultado, crescimento ou redução tumoral, aferido por métodos que vão desde a medição com paquímetros até o registro por imagem das lesões.  Como é feito hoje, esse processo pode levar semanas para entregar resultados.

Buscando melhorar esse panorama, pesquisadores da Universidade de Stanford e do Instituto de Tecnologia da Geórgia anunciaram o desenvolvimento de um novo tipo de sensor capaz de entregar esse trabalho de forma mais rápida e barata. O artigo do grupo na Science Advances conta que o novo dispositivo se assemelha a um curativo que envolve a pele do camundongo.

Chamado de FAST (Sensor Autônomo Flexível para a Medição de Tumores), o dispositivo composto por um filme polimérico com propriedades elásticas similares à da pele e uma rede de circuitos de ouro que sofre alterações mecânicas por distensão-contração que alteram a condutividade elétrica. Deste modo, é possível registrar alterações na dimensão do tumor com precisão de até 10 micrômetros ocorrendo na escala tempo de apenas alguns minutos. Além disso, os dados coletados pelo sensor são transmitidos em tempo real para um aplicativo de telefone celular.

Em seus experimentos, os pesquisadores conseguiram acoplar de forma não invasiva o FAST aos animais e não precisaram mais manipular o sensor até o final do experimento. O resultado foi a rápida obtenção de dados de tensão de mebrana que rapidamente conseguiram informar se um determinado candidato a medicamento produziu crescimento do tumor, portanto, devendo ser descartado, ou se houve regressão da lesão que sugere a necessidade de mais estudos com fármaco em análise.

Outra vantagem do FAST elencada pelos autores é o baixo custo do conjunto de sensores por animal, algo em torno de 60 dólares, além do fato de os dispositivos serem reutilizáveis. Por todos esses motivos, os autores acreditam que a inovação será de grande interesse para a comunidade de pesquisa farmacêutica e oncológica.

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Fonte: https://www.science.org/doi/10.1126/sciadv.abn6550

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