Estudo identifica potencial biomarcador precoce do melanoma e foca na prevenção

Por Docmedia

5 setembro 2022

Entre os cânceres de pele mais comuns, o melanoma tem destaque por sua agressividade. Embora a doença seja curável apenas com cirurgia nas fases mais iniciais, os números do melanoma metastático são desafiadores. Curiosamente, a pesquisa desse tipo de tumor sofreu uma guinada com o surgimento da imunoterapia, que se mostrou modificadora em parte dos tumores mais avançados.

Agora, pesquisadores da Universidade da Califórnia (Davis) retornam o foco da pesquisa para as fases mais iniciais do processo e o diagnóstico precoce ao identificarem potenciais biomarcadores precoces da doença. O artigo do grupo no Journal of Investigative Dermatology lembra que os nevos melanocíticos representam um desafio na diferenciação diagnóstica entre essas lesões benignas e os melanomas malignos em fase inicial.

No estudo, a equipe se dedicou a investigar potenciais biomarcadores para a evolução precoce do melanoma no microambiente tumoral, oportunidade considerada uma chave potencial para o diagnóstico precoce. Para tanto, a ferramenta utilizada foi um perfil de RNA de alta complexidade, idôneo para capturar padrões distintos de expressão gênica entre os tipos de células durante o desenvolvimento do melanoma, mas sem alterar a arquitetura nativa do tumor.

Na prática, foi examinada a expressão de mais de 1.000 genes em 134 regiões de interesse enriquecidas por melanócitos, queratinócitos vizinhos e células imunes do microambiente tumoral. Essas amostras foram derivadas de 12 tumores malignos e beningos de pacientes.

Com essa estratégia, foi destacada a expressão do gene S100A8. Ao ser comparada a expressão gênica em tumores melanocíticos malignos e benignos, foi evidenciado que a expressão de S100A8 só era proeminente nos queratinócitos das formações malignas e, por isso, segundo a visão dos autores, pode se tornar um biomarcador precoce prontamente disponível.

Além disso, a descoberta reforça a oportunidade no estudo de biomarcadores no microambiente tumoral, que os autores acreditam estar sendo negligenciada.

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Fonte: https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0022202X21023708

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