Desenvolvida estratégia vantajosa para diagnóstico do adenoma adrenal

Por Docmedia

9 setembro 2022

A hipertensão arterial sistêmica é o principal fator de risco cardiovascular, sendo que cerca 10 a 15% dos casos têm causas secundárias que podem tornar a doença curável. Uma causa relativamente comum de hipertensão arterial secundária é a desregulação do equilíbrio de água e sódio no organismo causado por aumento da produção do hormônio aldosterona decorrente de um adenoma da glândula adrenal.

Habitualmente, o diagnóstico desta condição é invasivo, dosagem do hormônio nos vasos de saída da adrenal, com a opção não invasiva baseada na avaliação da captação de colesterol por meio de um radioisótopo iodado NP-59 (iodo-131-iodometil-norcolesterol). O problema é que essa alternativa exige a administração de esteroides por uma semana e inclui grandes doses de radiação.

A novidade é que pesquisadores da Universidade de Michigan anunciaram o desenvolvimento de uma estratégia vantajosa em comparação às opções atuais. O artigo do grupo no Journal of Nuclear Medicine conta que a equipe aproveitou a ampla experiência na utilização do flúor-18 em exames de tomografia por emissão de pósitrons (PET) e fez as adaptações necessárias para que este radioisótopo avaliasse o metabolismo do colesterol e estimasse a produção de aldosterona.

Segundo os autores, as vantagens vislumbradas pela nova técnica seriam o caráter não invasivo e a utilização de doses menores de radiação para a realização do estudo. No estudo, o flúor-18 foi utilizado em nove indivíduos saudáveis e se mostrou, além de seguro, eficaz para a detecção da produção de hormônios estimulados por meio do aumento da captação de colesterol.

Como próxima meta, a equipe pretende realizar um ensaio clínico em pacientes portadores de hipertensão secundária causada por hiperaldosteronismo decorrente de adenomas adrenais.

Segundo eles, se a técnica tiver sucesso, pode ajudar a diagnosticar esses pacientes de forma segura e permitir sua cura por meio da posterior ressecção cirúrgica do adenoma adrenal.

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Fonte: https://jnm.snmjournals.org/content/early/2022/04/28/jnumed.122.263864

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