Café reduz o risco de diabetes tipo 2 em mulheres com histórico de diabetes gestacional

Por Docmedia

7 fevereiro 2023

O aumento da prevalência de diabetes tipo 2 (DM2) na população mundial e as consequências deletérias que tal distúrbio metabólico trazem para a saúde tornam vital a identificação de grupos de alto risco para a condição assim como intervenções para prevenir ou retardar seu aparecimento.

Entre os grupos de alto risco para DM2 já identificados, figuram as mulheres que apresentaram diabetes gestacional (DMG), com um risco até dez vezes maior em comparação à população feminina geral.

A novidade é que pesquisadores do Centro Global de Saúde da Mulher Asiática (GloW) e da Universidade Nacional de Cingapura, em parceria com colegas dos Institutos Nacionais de Saúde (NHI) e da Escola de Saúde Pública Harvard TH Chan descobriram que o consumo de café pode ser uma estratégia interessante de combate ao DM2 nesse grupo de pacientes.

A publicação no The American Journal of Clinical Nutrition conta que o estudo acompanhou por até 25 anos 4.522 mulheres predominantemente brancas com histórico de DMG em gestações passadas e as associações entre o consumo de café, com ou sem cafeína, no longo prazo e o risco de DM2.

Curiosamente, foi visto que o consumo de café com cafeína tem uma associação inversa linear com o risco de DM2. Em comparação com as participantes que não bebiam café com cafeína, entre aquelas que bebiam uma xícara de café com cafeína ou menos, duas a três xícaras e quatro ou mais xícaras por dia, o risco de DM2 foi reduzido em 10%, 17 % e 53%, respectivamente.

Embora os pesquisadores não tenham encontrado associação entre o café sem cafeína e o risco de DM2, isso foi creditado ao baixo número de mulheres que declararam o consumo da bebida. Outro ponto importante é que a utilização do café com cafeína em substituição a bebidas adoçadas artificialmente ou com açúcar também foi associada a reduções no risco de DM2 de 10% e 17% respectivamente.

Segundo os autores, os dados do estudo reforçam outros trabalhos no mesmo sentido e apontam que o consumo adequado de café com cafeína (duas a cinco xícaras por dia, sem açúcar e laticínios com alto teor de gordura), pode ser incorporado a um estilo de vida relativamente saudável para determinadas populações que incluem as mulheres sob risco de DM2 por histórico de DMG.

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Fonte: https://academic.oup.com/ajcn/advance-article-abstract/doi/10.1093/ajcn/nqac241/6826999?redirectedFrom=fulltext&login=false

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