Recentemente, tornou-se febre o programa de inteligência artificial CHAT-GPT, da empresa OpenAI, que é uma interface de inteligência artificial capaz de resolver as mais diferentes questões em linguagem conversacional. Algoritmos de inteligência artificial também têm sido produzidos para auxiliar nas mais diversas áreas.
A novidade mais recente foi relatada por pesquisadores do Jinhua Advanced Research Institute e da Harbin University of Science and Technology que anunciaram o desenvolvimento de um algoritmo capaz de diagnosticar a depressão a partir da voz do paciente. A publicação na revista Mobile Networks and Applications conta que a ferramenta tem como base o conjunto de dados DAIC-WOZ, uma coleção de áudios e expressões faciais capturadas em 3D de um grupo de voluntários saudáveis e de pacientes com diagnóstico de depressão.
Todas as gravações foram coletadas durante entrevistas conduzidas por um agente virtual, que fez diversas perguntas sobre o humor e a vida do entrevistado. Primeiramente, as informações de fala são pré-processadas, incluindo pré-ênfase de sinal de fala, framing windowing, detecção de ponto final, redução de ruído e então estudado e analisado em profundidade. Deste modo, o algoritmo comparou o conjunto de informações dos voluntários saudáveis com o conjunto de dados dos portadores de depressão e conseguiu extrair um conjunto de características capaz de auxiliar a identificar a presença da doença.
A ferramenta utilizada para a extração dos dados foi a OpenSmile, um kit de ferramentas frequentemente usado por cientistas da computação para extrair recursos de clipes de áudio e classificar esses clipes. Em testes de validação, o algoritmo foi capaz de identificar a depressão por meio de gravações de voz alcançando 87% de precisão em pacientes do sexo masculino e 87,5% de precisão em pacientes do sexo feminino.
Segundo os autores, com um pouco mais de desenvolvimento, a nova ferramenta pode se tornar no futuro um importante meio de auxílio para psiquiatras e outros médicos. A importância disso é que o diagnóstico preciso e precoce da condição pode evitar o intenso de clínico na qualidade de vida que a doença impõe e até mesmo prevenir seus quadros mais graves que podem literalmente levar o paciente à morte por suicídio.
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Fonte: https://link.springer.com/article/10.1007/s11036-022-02086-3
